Ultrapassar os obstáculos da colaboração é essencial para melhorar a performance da empresa.
A humanidade não consegue chegar a lugar algum sem que haja colaboração entre os indivíduos. Desde a infância, sempre procuramos parceiros para as nossas brincadeiras.
Essa atitude saudável se repete no decorrer de nossa vida, inclusive no trabalho. Isso mostra que fomos feitos para interagir e realizar atividades em conjunto.
Falando sobre o ambiente profissional, a falta de cooperação entre as diversas equipes pode trazer sérios prejuízos para uma organização.
Mas como a liderança de uma empresa pode identificar os obstáculos da colaboração? O que fazer para removê-las?
Acompanhe nosso artigo e descubra!
Identificando o nível de colaboração da empresa
Um estudo chamado Deloitte Global Human Capital Trends 2018 apontou para o crescimento da social enterprise (empreendimento social). Esse tipo de organização preocupa-se não apenas com receitas e lucros, mas também com a promoção da parceria colaborativa em todos os seus níveis hierárquicos.
O resultado disso é o aumento do engajamento dos colaboradores com as estratégias e metas da instituição. Em seguida, a elevação dos ganhos financeiros vem naturalmente.
É claro que todos os líderes sonham em ter essa realidade na sua empresa. Entretanto, se não implantarem a cultura da cooperação, esse desejo nunca será realizado.
Algo que ajuda nesse processo é fazer uma pesquisa interna para entender como a coletividade é vista pelos colaboradores.
Não pense que é uma tarefa fácil, pois exige dos gestores mais do que sistemas virtuais que mensurem o perfil coparticipativo dos funcionários. É necessária uma boa dose de perspicácia, ou seja, ver além do óbvio.
Mas como assim? Pode acontecer de, aparentemente, a colaboração ser a regra na empresa.
Talvez os colaboradores tenham um bom relacionamento entre si e os setores utilizem tecnologias que facilitam a interação durante as demandas de trabalho. Contudo, olhando mais de perto, é possível ter uma percepção mais profunda da realidade.
Por exemplo, os funcionários de um departamento cumprem bem as suas atribuições nos projetos. Entretanto, essa atitude não passa de um senso de dever ou um meio de demonstrar a sua capacidade profissional.
Embora esse comportamento não seja errado, contribui pouco para o verdadeiro espírito de solidariedade.
Ao contrário disso, a genuína colaboração envolve pensar não apenas nos interesses individuais, mas no coletivo.
Uma equipe interna que pensa assim gera mais valor para a empresa e entrega serviços de excelência para os clientes — o aumento da produtividade e da qualidade no trabalho é visível.
Conhecendo os obstáculos da colaboração
Caso fique bem evidente que a cooperação interna não está no nível adequado, é preciso tomar uma ação rápida para enfrentar os obstáculos da colaboração.
Uma maneira de fazer isso é identificar os impedimentos que atrapalham a fluidez da coparticipação e demoli-los.
Quais são eles? Vejamos.
O isolamento
Já ouviu falar na cultura insular? Esse comportamento é muito comum nas organizações e significa a ausência de interação entre os setores.
Na maior parte do tempo, os colaboradores convivem com os colegas da sua área profissional. Isso é normal, mas pode criar um hábito “tribal” em que um departamento se sente melhor do que o outro.
Dessa forma, pode ser que os setores não ofereçam nem procurem a ajuda mútua. Outro fator que contribui para a falta de parceria é o nível hierárquico.
Normalmente, os colaboradores que possuem um cargo inferior sentem-se desconfortáveis em conviver com aqueles que têm uma posição mais elevada.
A competitividade
Vivemos em uma sociedade competitiva – e esse cenário é um dos obstáculos da colaboração.
Por isso, somos incentivados o tempo todo a mostrar as nossas habilidades e superar os nossos limites para não ficar atrás de ninguém.
O resultado disso é que alguns profissionais não têm tempo nem vontade de ajudar os outros, pois isso poderia prejudicar o seu rendimento nas tarefas cotidianas.
Além disso, a competitividade impede a troca de conhecimento. Afinal, quanto mais informação o profissional guardar para si, mais relevante será em relação aos seus colegas de trabalho.
Sendo assim, essa tendência entre as equipes e os setores pode destruir a colaboração.
O distanciamento
Nas grandes organizações, é comum haver vários escritórios em regiões diferentes. Para conectar todos os colaboradores, são implantadas redes sociais corporativas, plataformas colaborativas e a integração dos sistemas de gestão.
Essa é uma ótima maneira de estimular a parceira interna e vencer os obstáculos da colaboração.
Porém, é preciso ter cautela. Esse mesmo aparato de ferramentas — que é indispensável para a comunicação entre filiais — pode tornar-se a regra em uma unidade da empresa.
Daí, setores vizinhos, talvez sejam distanciados e percam a proximidade que gera a colaboração.
Como ultrapassar obstáculos da colaboração na equipe interna
Para demolir os obstáculos da colaboração existem medidas que devem ser tomadas, mensuradas e incentivadas constantemente.
A seguir, descreveremos algumas dessas ações.
Sua adoção na cultura da empresa tem o poder de favorecer a colaboração entre funcionários e equipes. Veja!
Use a tecnologia do modo certo
Não há dúvida que as ferramentas virtuais voltadas para a integração, comunicação e colaboração nas atividades empresariais são indispensáveis.
Entretanto, precisam ser utilizadas da maneira correta para evitar que distanciem os colaboradores. Por exemplo, os gestores podem programar reuniões regulares para feedbacks, de modo que a equipe converse sobre detalhes importantes de um projeto.
Enquanto isso, assuntos menos relevantes e pontuais são dialogados por meio da rede social corporativa. Além disso, os happy hours podem ser incluídos na política de colaboração.
Em vez de serem apenas “festinhas” de fim do expediente, podem ser encontros descontraídos que fomentem a discussão de assuntos relacionados à empresa.
E onde entra a tecnologia? No local reservado para esses eventos, seria interessante instalar terminais interativos.
Desse modo, os colaboradores podem escolher um determinado tema para conversar ou o próprio dispositivo dar uma sugestão aleatória de assunto.
Crie objetivos comuns
As metas pessoais são importantes, mas as que envolvem toda a equipe têm o mesmo valor. Então, definir um ou mais objetivos que serão alcançados com a ajuda de todos significa estimular a cooperação.
Também é legal mostrar o papel de cada um nesse processo.
Ademais, a política da meritocracia pode ser utilizada para o alcance desses objetivos comuns. Em vez de somente premiar o funcionário com o melhor desempenho em uma área ou período, todo o setor pode ganhar uma recompensa pelo esforço mútuo.
Estimule projetos globais
Ampliando os limites da parceria interna, a organização pode estipular uma meta que abranja todos os colaboradores — os chamados projetos globais.
Talvez pareça um desafio, em especial para as grandes corporações, mas é possível fazer isso. Uma maneira é por meio dos hackathons internos ou maratonas da inovação.
Nesses eventos, a empresa lança um desafio em comum para os seus funcionários. Geralmente, o que move esse objetivo é encontrar uma solução que envolva modernidade e inovação para a realização de um serviço ou, então, para a produção de um produto.
Certamente, algo com essa lógica pode ser aplicado no seu negócio.
Promova a divergência de ideias
É normal imaginar que, em um ambiente de colaboração, todos pensam da mesma forma e evitam discordâncias, mas isso é um engano.
Na verdade, a passividade não promove a comunicação aberta — que é essencial para a cooperação. Assim, incentive os conflitos positivos, ou seja, os desacordos que visam melhorar os processos internos e apontar os riscos de uma determinada decisão.
Enfim, como você viu, derrubar os obstáculos da colaboração não é nenhum bicho de sete cabeças: com um pouco de conhecimento e estratégia, é possível manter um ambiente de parceria.
Conseguindo isso, os resultados positivos logo aparecerão e passarão a fazer parte da cultura organizacional, o que melhora o rendimento dos funcionários, líderes e gestores.
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