Liderança Situacional Liderança Situacional

Liderança situacional: você está preparado para ser este líder?

9 minutos para ler

Você pratica a liderança situacional? 

Esse é um estilo capaz de formar líderes totalmente adaptáveis e prontos para encarar qualquer desafio à frente de um negócio.

Hoje, mais do que nunca, gestores precisam estar sempre atentos às mudanças rápidas do ambiente e às necessidades de seus colaboradores

Formando líderes situacionais, a empresa garante que eles estejam preparados para lidar com diferentes situações e guiar profissionais de diversos perfis e graus de maturidade.

Ficou interessado na liderança situacional e quer saber mais?

Então, continue a leitura e descubra se esse pode ser o modelo ideal para o seu negócio. 

Liderança situacional: o que é?

Liderança situacional é um modelo desenvolvido para formar líderes adaptáveis a qualquer situação.

A teoria foi proposta pelo cientista comportamental Paul Hersey e pelo consultor de negócios Ken Blanchard no final dos anos 1960.

Posteriormente, foi apresentada ao mercado através do livro Management of Organizational Behavior (Prentice-Hall, 1977). 

Seu princípio é de que não existe um único modelo de liderança “ideal”, mas sim várias formas de liderar que se adaptam a diferentes pessoas, equipes e contextos. 

Logo, o melhor líder seria aquele que consegue identificar o nível de maturidade profissional de seus liderados, assim como as demandas do ambiente ao redor, para então aplicar seus métodos de gestão de modo personalizado.

O gestor que segue as diretrizes situacionais avalia sua equipe continuamente e altera seu estilo de liderança conforme a situação encontrada, tendo a flexibilidade como seu principal diferencial.

Além disso, ele vai além da orientação para a execução de tarefas e também oferece apoio emocional e direcionamento para a carreira dos liderados. 

Como funciona a liderança situacional

A liderança situacional se baseia em dois principais conceitos: estilos de liderança e grau de maturidade dos subordinados.

O estilo é o modo de ação que o gestor adota conforme a situação, enquanto o grau de maturidade releva a fase em que se encontra o liderado, que serve de direcionamento para a escolha do melhor método.

Confira as diferentes fases dos colaboradores e estilos do líder:

Fases de maturidade do subordinado

As fases de maturidade do subordinado indicam os diferentes estágios pelos quais os colaboradores passam ao serem liderados dentro da empresa. 

Confira quais são: 

  • P1 (Fase 1): o subordinado nunca executou a tarefa antes e precisa aprender a função do zero. Nessa fase, ele tem pouca habilidade e baixa autoconfiança, necessitando de orientações detalhadas do líder, além de apoio para persistir na aprendizagem 
  • P2 (Fase 2): o subordinado já tem alguma experiência na tarefa, mas ainda executa com dificuldade. Sua motivação aumentou, mas o líder ainda precisa estar muito próximo e guiar seus passos para garantir o sucesso do projeto
  • P3 (Fase 3): o subordinado tem um ótimo conhecimento e experiência sobre a tarefa. No entanto, sua motivação ainda não atingiu o grau máximo, e o líder ainda precisa cumprir seu papel de engajamento 
  • 4 (Fase 4): o subordinado tem vasto conhecimento e experiência sobre a função, além de um alto nível de motivação para executar o que é proposto. É a fase de maior autonomia, quando o líder pode ficar apenas no papel de consultor.

Estilos de liderança

Os estilos de liderança são adaptados de acordo com o nível de maturidade dos subordinados.

Veja em detalhes:

  • E1 (Direção): o líder direciona o cumprimento da tarefa do início ao fim, transmitindo seus conhecimentos ao colaborador e se responsabilizando pelo resultado . Dessa forma, o profissional começa a ganhar confiança para cumprir determinada função
  • E2 (Orientação): o líder deixa que o colaborador se ocupe da tarefa em alguns momentos, mas mantém uma orientação contínua e motiva o profissional a seguir em frente. É o estilo ideal para a ajudar os subordinados a vencerem suas inseguranças
  • E3 (Apoio): o líder confia mais no subordinado e foca sua ação na motivação do colaborador, incentivando a busca por mais conhecimento e capacitação. Em relação à tarefa, o gestor apenas supervisiona os resultados 
  • E4 (Delegação): o líder já pode dar autonomia ao subordinado e delegar tarefas efetivamente, transferindo a responsabilidade. Nesse ponto, ele age como um coach e direciona o profissional para desenvolver seu máximo potencial. 

Como esse tipo de liderança ajuda empresas

Como vimos, a liderança situacional é pensada para adaptar o comportamento do líder a todas as situações e níveis de maturidade dos colaboradores.

Por essa razão, é um modelo que se encaixa na realidade de qualquer empresa e traz mais flexibilidade para a gestão.

Para organizações preocupadas em construir uma cultura organizacional forte e criar um ambiente de trabalho mais humano e transparente, é uma ótima solução. 

Isso porque, na liderança situacional, os líderes desenvolvem sua inteligência emocional e conseguem identificar as necessidades dos colaboradores, melhorando a comunicação interna e o desenvolvimento dos profissionais. 

Além de orientar e direcionar, os gestores engajam constantemente suas equipes e contribuem para um clima organizacional positivo.

Dessa forma, todos saem ganhando e a empresa consegue implementar uma liderança positiva e comprometida com os objetivos do negócio. 

Principais habilidades de um líder situacional

Um líder situacional precisa de um conjunto específico de competências e habilidades.

Veja quais são as principais:

Flexibilidade

Uma das principais características do líder situacional é a flexibilidade. 

Esses gestores conseguem se adaptar rapidamente a qualquer situação e encarar mudanças e incertezas que são típicas do mundo corporativo.

Além disso, são capazes de transitar tranquilamente entre os diferentes estilos de liderança de acordo com o momento e situação. 

Para eles, mudar é parte da rotina

Capacidade de resolver problemas

A liderança situacional também exige uma capacidade de resolver problemas acima da média.

Os gestores que adotam a estratégia precisam ir além do senso comum para encontrar soluções inovadoras e definir o melhor estilo de liderança para cada situação. 

Empatia

O líder situacional também precisa ser empático, pois dessa forma consegue se colocar no lugar dos subordinados e entender sua fase de maturidade.

Para entender como agir com cada colaborador, ele precisa ser um especialista em comportamento e sentimentos humanos.

Isso inclui a habilidade de ser um bom ouvinte, já que a escuta ativa é essencial para compreender as limitações e potencialidades dos liderados. 

Comunicação efetiva

Para se adaptar a qualquer situação, o líder precisa ser um grande comunicador.

Por isso, as habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal são muito valorizadas na liderança situacional. 

Mais do que ser claro e objetivo em seus direcionamentos, esse gestor precisa ter a capacidade de influenciar e inspirar os demais.

Habilidades de coaching

O líder situacional deve ser capaz de assumir o papel de coach e guiar o desenvolvimento de seus subordinados.

Para isso, ele precisa entender o processo de aprendizagem humana e ter suas próprias técnicas para despertar o potencial de cada profissional. 

Dessa forma, será possível atender às necessidades dos colaboradores em cada fase de maturidade em que se encontram. 

Como adotar a liderança situacional na empresa

A liderança situacional pode ter um impacto altamente positivo nas empresas.

Veja como adotar esse modelo.

1. Faça um diagnóstico da liderança atual

O trabalho começa com um diagnóstico do modelo de liderança utilizado atualmente na empresa.

Para isso, é importante considerar as opiniões dos colaboradores sobre seus gestores, que podem ser coletadas a partir das avaliações 360 e outros métodos, por exemplo.

2. Avalie a cultura organizacional

O tipo de liderança mais comum na empresa é reflexo da sua cultura organizacional, que abrange todos os hábitos, comportamentos e valores praticados na organização. 

No movimento Poder da Escuta, por exemplo, os líderes positivos representam um dos pilares de uma cultura colaborativa, pois são os principais embaixadores dos princípios do negócio.

Por isso, é importante avaliar também a sua cultura organizacional para verificar se a liderança situacional se encaixa no contexto. 

Quanto mais flexível, transparente e humana for a empresa, maiores as chances de desenvolver bons líderes situacionais.

3. Invista em capacitação e treinamentos

Um bom caminho para implementar a liderança situacional é o da aprendizagem corporativa, que inclui treinamentos, capacitações, mentorias, entre outras abordagens.

Naturalmente, o programa deve começar com os gestores, que precisam entender os conceitos desse modelo de liderança e aprender a utilizar cada estilo. 

Depois, os colaboradores também precisam ser educados sobre a metodologia e engajados a partir de seus benefícios. 

4. Crie uma abordagem padronizada

Para facilitar a formação de líderes situacionais, é interessante que a empresa tenha um processo padronizado para a implementação da abordagem. 

Você pode criar um roteiro com os passos necessários para aplicar o método. Veja um exemplo:

  • Fazer o diagnóstico do grau de maturidade do subordinado
  • Testar seu grau de motivação
  • Escolher um estilo de liderança compatível
  • Discutir a abordagem escolhida com o colaborador
  • Testar e adaptar o estilo até o final da tarefa/projeto.

5. Acompanhe de perto o processo

O processo de implementação da liderança situacional é gradual e exige monitoramento contínuo.

É fundamental conduzir pesquisas, solicitar feedbacks e abrir canais de comunicação para ouvir a opinião de gestores e equipes sobre o novo modelo. 

Afinal, como nós sempre reforçamos, a escuta corporativa é o ponto de partida para a transformação cultural na empresa. 

Gostou de conhecer o modelo de liderança situacional?

Então, aproveite e confira mais conteúdos como este no blog e fique por dentro dos temas atuais do empreendedorismo. 

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